segunda-feira, 20 de setembro de 2010


“Eu não vou transcrever para vocês as tolices adoráveis que a gente fica trocando um com o outro ao longo das noites, nem descrever a maneira dele de recolocar as minhas mechas atrás da orelha, a suavidade do rosto dele contra o meu, e seu olhar mergulhado no meu...Como estão vendo, eu caio rapidamente nos piores clichês.
Rostos grudados, olhos nos olhos, mão na mão... Como a gente fica babaca quando apaixonada! Como ficamos patetas, melosas, românticas, inativas, improdutivas, egoístas cegas e surdas! (...) A única coisa que importa é a opinião dele, e seu rosto é a réplica exata do meu, um ar beato, inclusive de um sorriso indo de orelha a orelha, de forma que seria surpreendente se ele formulasse qualquer crítica a respeito do meu. Tanto tempo de felicidade. Compartilhada. Lembranças desordenadas, e aquela sensação de um buraco no ventre quando são evocadas por mim... Uma confusão de risos, pernas entrelaçadas (...) Não, nada me amedronta quando estou nos braços dele...nada... Transformo meu fôlego no eco das batidas do seu coração, eu o olho dormir e a sompra dos seus cílios sobre seu rosto mal barbeado, seu jeito de criança, sua ,ao abandonada, liberam em mim paixões desproporcionais...(...) Nós somos a mesma alma em dois corpos e formamos, quando eles se unem, somente em um.” –Pille, Lolita (HELL)

To lendo o livro da Lolita, e é realmente incrível. Essa parte do livro é fofa e ilustra mais ou menos o meu final de semana e não só esse, mas os momentos que passo junto do Dennys. Acho que ele realmente anda me completando, e eu sou grata demais por isso.

Deixando esse lado clichê de lado, quero que chegue o final de semana logo mimi

sábado, 18 de setembro de 2010


‘’...Sempre gostei do sofrimento. Eu me comprazia a exacerbar minhas decepções, meus pensamentos amargos; a comunicação torta entre meus pais e mim, a incompreensão das outras crianças, em geral cruéis e limitadas, com as quais eu não podia, portanto, almejar qualquer cumplicidade, numa indiferença que se prolongou até o final da minha adolescência, quando compreendi que era melhor aparentar saber menos que os outros, tudo aceitar, fazendo ar de idiota...foi mais ou menos por essa época que comecei a pressentir que a vida era absurda, o que me foi confirmado por um sem-número de leitura, que eu estava cutucando o mal-estar. Que ap ergunta “de que adianta?” aparecia cada vez mais, tornando-se intolerável, essas diversas corrupções do ser humano no qual queria acreditar, o buraco negro no fundo da verdade, e outros reflexões do gênero contra as quais eu nem sequer procurava lutar.” - Pille, Lolita (HELL)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Meio-tudo.





Tudo na minha vida vêm sido na base de meias-coisas. Meias-felicidades, meias-tristezas, meios-planos, meios-acontecimentos, meio-bom.
Eu sei que só depende de mim mudar isso mas, antes eu preciso reunir todas as forças possíveis, e eu estou fazendo isso aos poucos. Acho que depois que tudo isso acabar, eu vou me sentir em paz por ter conseguido, e eu não quero sentir de novo a frustração comigo mesma de ter sido fraca demais e desistido. Portanto isso, fora de cogitação.
 

A verdade é que eu não sabia nada da vida, e continuo não sabendo muita coisa, apenas que ela não é fácil. continuo sem saber pra onde ir, sem saber o que fazer.

Hoje não sei o que eu quero, talvez até saiba o que não quero, mas tenho certeza do que sinto. acho que a palavra só existe em nosso idioma.

e eu gosto dessa foto.

Acho que preciso ir para Florianópolis qualquer dia desses.